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2W Weekly | 02 de Março

Artur Teixeira e Clarissa Freitas

2 de março

Fique por dentro das principais variações no mercado de energia com o nosso Diretor de Trading, Artur Teixeira, e nossa Head de Middle Office, Clarissa Freitas, que trazem para você uma análise completa da semana operativa. Confira abaixo: 

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)

Na quarta semana operativa de fevereiro de 2021 (20/02/2021 a 26/02/2021), a média semanal do PLD fechou em R$ 184,15/MWh para o submercado Sudeste, R$ 184,44/MWh para o submercado Sul, R$ 184,05/MWh para o submercado Nordeste e R$ 184,03/MWh para o submercado Norte.
A variação em relação ao preço médio da função de custo futuro do modelo do DECOMP foi de -R$ 0,38/MWh para o submercado Sudeste, -R$ 0,09/MWh para o submercado Sul, -R$ 0,48/MWh para o submercado Nordeste e -R$ 0,50/MWh para o submercado Norte.

Na primeira semana operativa de março de 2021 (27/02/2021 a 05/03/2021), a função de custo futuro do modelo DECOMP indica um preço de R$ 139,42/MWh para os submercados Sudeste e Sul, R$ 138,50/MWh para o submercado Nordeste e R$ 136,07/MWh para o submercado Norte.

A expectativa atual do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de Energia Natural Afluente (ENA) para o mês de fevereiro é de 79% da MTL no subsistema Sudeste, 60% da MTL no subsistema Sul, 85% da MTL no subsistema Nordeste e 105% da MTL no subsistema Norte.

A estimativa realizada hoje pela 2W Energia para o mês de fevereiro, com modelos hidrológicos do tipo Chuva X Vazão, apresenta para o subsistema Sudeste um intervalo de 82% a 110% da MLT, centrado em 91%. O subsistema Sul fica entre 47% e 129% da MLT, centrado em 68%.

A Energia Armazenada inicial em 26/02/2021 é de 28,6%/ 63,8%/ 58,2%/ 47,3% nos subsistemas Sudeste, Sul Nordeste e Norte, respectivamente.

Cenário atual e diferenças em relação à semana passada:

Precipitação realizada

A previsão meteorológica para o fim de semana simulava a formação de uma baixa pressão entre a costa brasileira das regiões Sul e Sudeste e o oceano Atlântico, estimulando um escoamento de umidade sobre o continente e causando chuvas principalmente sobre as bacias do Grande, Paranaíba, Tocantins e Xingu.
A realização foi similar à previsão em relação à dinâmica do evento e seu locacional, mas os volumes ficaram levemente abaixo das simulações feitas pelos modelos meteorológicos, principalmente nas bacias do Paranaíba, Tietê e alto Paraná.

Precipitação para os próximos 15 dias

Nos próximos dias, uma alta pressão desfavorece precipitação sobre as bacias do São Francisco, Grande e parte do Paranaíba. Paralelamente, um escoamento de umidade sobre a região Norte, passando pelo Brasil central e direcionado ao Sul, causa chuvas mais expressivas sobre as bacias do Xingu, Tocantins, Paraná, Paranapanema, Iguaçu e Uruguai.
A partir do dia 05/03, um novo cavado chega ao Brasil, dando continuidade nas chuvas sobre os estados do Sul, SP e MS em um primeiro momento, e depois avança sobre o restante do Sudeste, dissolvendo a influência da alta pressão.

Interpretações do mercado

O submercado Norte continua sendo a bola da vez, e a recuperação forte de ENA fez com que os preços cedessem de vez na semana passada, principalmente no GAP de abertura de hoje.

Na abertura, mar/21 @120, abr/21 @98, mai/21 @100, jun/21 @138.

Essa recuperação também faz com que aumentem as apostas de uma recuperação razoável de armazenamento no próprio SE, dado que Norte vem suprindo bem a necessidade de carga entre os submercados.

Isso descola a curva de probabilidade do 2 sem e retira bastante a chance de preços altos nesse período do ano. No balcão hoje, jul/21 @172, Q3/21 @186 e 2SEM/21 @192, além de 2022 @185 e 2023 @166.

A dúvida agora no mercado é em relação ao nível de preços. Quando chegamos próximos de 100 reais, começa a existir uma volatilidade muito alta por conta do empilhamento das térmicas – o pulo de 100 para 60 reais é rápido.

Ao mesmo tempo, como estamos muito próximos a piso (49,77), os agentes de comercialização começam a achar ruim o trade off de posições vendidas, pois tem pouco pra ganhar e muito pra perder; isso costuma segurar preços próximos a 100 reais, a não ser que vejamos condições extremas de clima e hidrologia.
Em paralelo, para essa semana temos o mercado de curto prazo ocorrendo, e o comum nessa época é a diminuição nas cotações de longo prazo por parte dos consumidores e usinas, que estão focados em resolver suas pendencias no curto.

Devido a essas mudanças mais expressivas de preços, podemos ver algo diferente esse mês, dado que muitos desses players fecham poucos negócios no ano e costumam já resolver os preços para orçamento quando o nível nominal fica interessante.

2022, por exemplo, a 185 reais, é relativamente baixo comparado a níveis históricos de precificação de A+1. Isso pode causar uma resistência na precificação de longo prazo, pelo menos na semana corrente.