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2W Weekly: as principais variações do mercado – 26 de Janeiro

2W Energia

26 de janeiro

Fique por dentro das principais variações no mercado de energia com o nosso Diretor de Trading, Artur Teixeira, e nossa Head de Middle Office, Clarissa Freitas, que trazem para você uma análise completa da semana operativa. Confira abaixo:  

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)

Na quarta semana operativa de janeiro de 2021 (16/01/2021 a 22/01/2021), a média semanal do PLD fechou em R$ 215,56/MWh para o subsistema Sudeste, R$ 214,30/MWh para o subsistema Sul, R$ 214,19/MWh para o subsistema Nordeste e R$ 214,29/MWh para o subsistema Norte, exibindo uma variação em relação ao preço médio da função de custo futuro do modelo do DECOMP de R$ +0,34/MWh para o subsistema Sudeste, R$ -0,92/MWh para o subsistema Sul, R$ -1,03/MWh para o subsistema Nordeste e R$ -0,93/MWh para o subsistema Norte.

Na quinta semana operativa de janeiro de 2021 (23/01/2021 a 29/01/2021), a função de custo futuro do modelo DECOMP indica um preço médio R$ 176,95/MWh em todos os submercados.

A expectativa atual do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de Energia Natural Afluente (ENA) para o mês de janeiro é de 70% da MTL no subsistema Sudeste, 133% da MTL no subsistema Sul, 46% da MTL no subsistema Nordeste e 53% da MTL no subsistema Norte.

A estimativa realizada hoje pela 2W Energia para o mês de janeiro, com modelos hidrológicos do tipo Chuva X Vazão, apresenta para o subsistema Sudeste um intervalo de 69% a 72% da MLT, centrado em 70%. O subsistema Sul fica entre 136% e 183% da MLT, centrado em 153%.

A Energia Armazenada inicial em 08/01/2021 é de 23,0%/29,1%/51,2%/30,4% nos subsistemas Sudeste, Sul Nordeste e Norte, respectivamente.

Cenário atual e diferenças em relação ao final da semana passada:

Precipitação realizada

A previsão para o fim de semana era de precipitação alocada sobre os estados do Sul, parte de São Paulo, Mato Grosso do Sul, além do restante das regiões Centro-Oeste e Norte. A realização ficou bem aderente à previsão, causando os maiores volumes nas bacias do rio Uruguai, Iguaçu e incremental de Itaipu.

Precipitação para os próximos 15 dias

Para a semana atual, um sistema frontal avança ao longo dos próximos dias, enquanto uma alta pressão em níveis médios atua sobre o oceano atlântico adjacente ao Sudeste brasileiro, causando bons volumes sobre a região Sul do Brasil.

No início da próxima semana, observa-se o avanço de um novo sistema frontal, mantendo a dinâmica da semana atual, com alocação de precipitação sobre o sul do País.

Interpretações do mercado

Contra fatos não há argumentos, e diante das fortes precipitações ocorridas na semana passada sobre as bacias do submercado sul, o mercado finalmente cedeu.

O detalhe aqui está nos produtos – fevereiro, março e abril concentraram a queda, enquanto os produtos em médio prazo caíram muito pouco.

Hoje, os preços negociados são fev/21 @200, mar/21 @220, abr/21 @175, mai/21 @175, jun/21 @193 e 2sem/21 @238.

O principal motivo é relativamente simples – o submercado sul não tem muita capacidade de armazenamento. A título de comparação, o submercado Sudeste tem 10x o potencial em geração de energia elétrica quando comparado ao sul.

Isso faz com que chuvas intensas nessa região provoquem uma queda imediata nos preços, porém com duração temporal limitada. Logo que a ENA diminuir, poderemos voltar a uma situação ainda muito ruim em todo o SIN, principalmente por conta de um ainda baixo EARM no SE.

Dito isso, hoje o mercado acordou vendedor de fevereiro e comprador de 2 semestre/21 e ano 2022. Apostas de que o sul de fato beneficiou o curto prazo, porém a falta de chuvas no grande e paranaíba irão dificultar a situação conforme o ano for caminhando.

Em paralelo, no tema hidrograma, alguns acontecimentos da semana passada mudaram um pouco a visão de mercado – agora, a maioria das casas passou a esperar a manutenção do hidrograma B, ao menos para o mês de março. Essa decisão será anunciada no PMO de quinta feira, 28/01.

O argumento é de que as hidrelétricas envolvidas teriam prejuízos enormes, implicando em perdas milionárias – talvez até bilionárias – para os consórcios e inclusive para o próprio sistema interligado.

Uma alternativa seria compensar financeiramente as populações ribeirinhas prejudicadas pela falta de vazões, ao invés da alteração do hidrograma.

Importante frisar, é muito difícil antecipar discussões desse tipo, pelo alto teor de implicação política. O mercado já errou feio nesse tipo de previsão, então para quinta feira esperamos algum grau de volatilidade nos preços de março e abril, principalmente.

2W Energia – Artur Teixeira e Clarissa Freitas.