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2W Weekly | 22 de Março

Artur Teixeira e Clarissa Freitas

22 de março

Entenda as principais variações no mercado de energia com o nosso Diretor de Trading, Artur Teixeira, e nossa Head de Middle Office, Clarissa Freitas, que trazem para você uma análise completa da semana operativa. Confira abaixo:

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)

Na terceira semana operativa de março de 2021 (13/03/2021 a 19/03/2021), a média semanal do PLD fechou em R$ 117,40/MWh para o submercado Sudeste, R$ 118,38/MWh para o submercado Sul, R$ 85,41/MWh para o submercado Nordeste e R$ 54,41/MWh para o submercado Norte.

A variação em relação ao preço médio da função de custo futuro do modelo do DECOMP foi de -R$ 2,20/MWh para o submercado Sudeste, -R$ 1,22/MWh para o submercado Sul, -R$ 31,95/MWh para o submercado Nordeste e + R$ 4,64/MWh para o submercado Norte.

Para a quarta semana operativa de março de 2021 (20/03/2021 a 26/03/2021), a função de custo futuro do modelo DECOMP indica um preço de R$ 130,49/MWh para os submercados Sudeste e Sul, R$ 127,97/MWh para o submercado Nordeste e R$ 49,77/MWh para o submercado Norte.

A expectativa atual do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de Energia Natural Afluente (ENA) para o mês de março é de 77% da MTL no subsistema Sudeste, 67% da MTL no subsistema Sul, 69% da MTL no subsistema Nordeste e 108% da MTL no subsistema Norte.

A estimativa realizada hoje pela 2W Energia para o mês de março, com modelos hidrológicos do tipo Chuva X Vazão, apresenta para o subsistema Sudeste o valor de 77% da MLT em todos os cenários. O subsistema Sul fica entre 66% e 79% da MLT, centrado em 67%.

A Energia Armazenada inicial em 19/03/2021 é de 34,2%/ 65,4%/ 67,3%/ 74,5% nos subsistemas Sudeste, Sul Nordeste e Norte, respectivamente.

Cenário atual e diferenças em relação à semana passada:

Precipitação realizada

A previsão meteorológica para o fim de semana simulava o estabelecimento de uma alta pressão em níveis médios entre as regiões Sul e Sudeste do Brasil. Paralelamente, um novo sistema frontal era simulado entrando no Brasil a partir do dia 21/03, embora só conseguisse atuar sobre o Rio Grande do Sul, já que a alta pressão impedia o avanço do sistema.

De forma resumida, não havia expectativa de volumes relevantes para as bacias brasileiras, e a realização seguiu o padrão previsto.

Precipitação para os próximos 15 dias

Os modelos simulam a continuidade da atuação do sistema de alta pressão em níveis médios da atmosfera para os próximos 7 dias sobre a região Sudeste.

Nos próximos dois dias, o modelo GFS simula a possibilidade de um evento de chuva sobre a bacia do Uruguai, na região Sul. Já o ECMWF prevê volumes bem reduzidos para esse evento.

A partir de semana que vem, uma nova frente fria avança pelo Brasil, chegando sobre o Sudeste e dissolvendo a alta pressão. Embora a dissolução da alta seja um fator positivo para a expectativa de chuva futura, na previsão atual ainda não há volumes de chuva expressivos sobre o Sudeste.

Interpretações do mercado

O submercado Norte vem dando a toada nos preços de curto prazo, e o fato de termos visto uma ENA segurando próximo dos 30 gigas semana passada fez com que o mercado desse uma leve arrefecida.

No início da tarde os preços estavam em torno de 10 reais abaixo da segunda feira passada, com abr/21 @109, mai/21 @125, jun/21 @172, Q3/21 @210 e 2 sem/21 @220.

Foi uma semana de liquidez relativamente baixa, e muito concentrada nos produtos do 2 trimestre. Q3 e Q4, além do próprio 2022, operaram menos. Acreditamos que o motivo dessa liquidez reduzida seja uma diferença entre fundamento e fluxo.

Por um lado, preços estão muito altos comparado as rodadas de modelo, então mesmo quem precisa comprar – em sua maioria geradores – está esperando cair para executar. No lado oposto, comercializadores ainda carregando alguma posição vendida e não querendo abrir venda na janela de mapa seco, dado que nos próximos quinze dias as expectativas seguem ruins.

Em paralelo, temos o desenrolar do lockdown pelo país.

Por um lado, situação nas UTIS se agravando, recordes de mortes, briga política e carta aberta dos economistas, são muitos os vetores que vem causando pressão no governo federal por uma agenda unificada no tratamento da pandemia, o que poderia jogar a carga para baixo.

No entanto, por enquanto, não se viu um impacto relevante no consumo de energia, mesmo com o estado de São Paulo na fase roxa, e capitais isoladas pelo país também fechadas. Isso tirou boa parte da preocupação do mercado com a possibilidade de arrefecimento na carga, e também pesou para que os agentes deixassem de vender.

Ainda sobre carga, semana que vem teremos o anúncio da revisão quadrimestral, a previsão feita até 2025 sobre a demanda. Na média, agentes falam em uma redução de “apenas” 500 mwm na curva, o que teria impacto limitado sobre os preços.

Nessa revisão o peso é maior quanto a expectativa de PIB futura e nível de atividade, em detrimento dos efeitos imediatos causados pelas políticas de isolamento. Não esperamos grandes surpresas quanto a esta revisão quadrimestral.